No artigo anterior começamos a tratar sobre o tema “resíduos plásticos”, destacando a importância em conhecer as propriedades físico-químicas deste material para real compreensão da dimensão dos danos que eles podem causar, seguindo essa linha neste artigo descreveremos partes da história do plástico.
Segundo a coleção de estudos setoriais (2017), cujo tema foi “A indústria de transformados plásticos”, Alexandre Parkes, em 1855 foi o responsável pela criação do que conhecemos atualmente como celuloide, mas que ele nomeou de Parkesine, apesar deste início, foi Leo Baekeland em meados de 1907 que descobriu o primeiro sintético real e que foi produzido em massa, a baquelite. A partir desses dados temos uma noção da origem do plástico cujo nome tem procedência grega (Plassein) que foi adotado por fazer menção as características do produto, ou seja, o nome indicava características como mobilidade e/ou mudanças de forma física no respectivo material.
Bahl et. Al., (2021) descreve os plásticos como um grupo de polímeros orgânicos, que podem ser materiais sintéticos, semissintéticos ou naturais, cuja origem pode ser dada através de matérias-primas de origem fóssil, renovável ou de base mineral, ressalta ainda que os principais elementos que compõem os plásticos são: carbono, oxigênio, bromo, hidrogênio, cloro e nitrogênio.
Texeira, (2017) destaca pontos semelhantes aos de Bahl et. Al., (2001), o autor descreve de forma simples o processo de formação do plástico, destacando que fazem parte da família de polímeros que são compostos por macromoléculas que possuem características de repetição múltipla de uma ou mais unidades simples, que são chamadas de manômetros e esses manômetros se unem através de reações químicas que são chamadas de polimerização.
Mas, pode ser que exista a dúvida a respeito da diferença entre os polímeros sintéticos e naturais. Então, o que são polímeros naturais? E qual a diferença para os sintéticos e onde entra os plásticos nisso tudo? Certo, vamos primeiro entender que os polímeros naturais são aqueles presentes na natureza (Ex: algodão, madeira, celulose, látex). Entretanto, os que são identificados como sintéticos são aqueles alcançados através de reações químicas, logo, os plásticos se encaixam dentro dessa categoria (Ex: PE – polietileno, PP – polipropileno, PVC – Poli (cloreto de Vinila), PA – poliamida, PC- policarbonato).
A Figura 1 apresenta os processos que compõem a cadeia petroquímica explicitando os processos necessários até a obtenção dos produtos à base de plásticos.
Se fossemos desmembrar o passo a passo dos processos notaríamos que para apresentar suas propriedades os plásticos precisam passar por etapas de incorporação de aditivos, retardadores de chama, antioxidantes e estabilizantes de UV, estabilizadores de calor, pigmentos e outros. O que precisamos destacar dentro desse processo de produção é que os polímeros sintéticos que possuem sua origem em hidrocarbonetos são predominantes, basicamente estamos falando de grosso modo sobre a destilação do Petróleo que envolve diversas etapas e cada fração apresentada é uma mistura de cadeias de hidrocarbonetos – que são compostos constituídos de carbono e hidrogênio.
No próximo artigo falaremos mais sobre essas etapas de produção, os tipos de plásticos e ondes são geralmente utilizados.
Artigo criado por Elivone Lopes
