Ainda sobre a COP 26 – há muitos assuntos importantes a serem abordados -, houve uma discussão bem interessante sobre eficiência energética e o mercado de crédito de carbono. Iniciando com a eficiência energética, o uso de biogás ainda é um desafio apesar do baixo custo de produção.
Desde o início da pandemia de COVID 19, em março de 2020, houve um crescimento no uso de fontes de energia renováveis, principalmente as energias eólicas e fotovoltaicas. No final de 2020 foi publicado um estudo apontando um aumento considerável na matriz elétrica mundial advinda de fontes renováveis.
Mas vamos trazer para o contexto brasileiro, onde o setor de Agronegócios é o mais relevante da economia e que gera um quantitativo considerável de resíduos agroindustriais. Somando esses resíduos com os provenientes de lixos urbanos – que vão para os aterros sanitários -, é possível um aumento relevante de biogás tendo em vista a cogeração de energia.
É possível a geração de uma energia limpa, uma vez que os gases emitidos na atmosfera (GEE) no processo do biogás são absorvidos quando do cultivo, zerando assim os efeitos.
Mas qual a relação com crédito de carbono? O mercado de crédito de carbono é uma forma de tentar neutralizar a emissão de GEE na atmosfera. Ou seja, “vende-se” o crédito daqueles que não emitem para os que emitem, trazendo um “equilíbrio”. Países que não atingiram a meta, podem comercializar esse percentual com os que atingiram.
Ora, uma vez utilizando os resíduos para geração de biogás, aumenta-se o crédito de carbono e ainda reduz passivo ambiental.
Interessante, não? Forte abraço!