Compostagem: Quais são os métodos disponíveis?

A partir do entendimento que a compostagem pode ser definida como um processo biológico que pode ser controlado e possui características aeróbicas e atinge temperaturas termofílicas podemos começar a descrever os métodos de compostagem disponíveis para o tratamento de resíduos sólidos, uma vez que temos conhecimento que a técnica apresenta a capacidade de gerar um produto final com características físico-químicas excelentes para conservação do solo, logo as vantagens do uso são tanto ambientais e como agronômicas.

Diferentes métodos de compostagem estão disponíveis e geralmente no momento de escolher os fatores levados em consideração são: a eficiência, custo, mão-de-obra e a operacionalização do processo, ou seja, um produto satisfatório pode ser obtido utilizando técnicas simples ou mais complexas, entretanto alguns autores determinam que a quantidade de material a ser compostado e a disponibilidade financeira é que determinam a escolha do método.

Dentro deste contexto o ministério do Meio Ambiente publicou em 2010 um manual que delimita e direciona a implantação de compostagem e coleta seletiva, dentro deste manual são destacados três modelos de compostagem, eles são:

 

  1. Aeração natural – neste modelo os resíduos tendem a serem dispostos em leiras e sofrem reviras periódicas, o objetivo é a injeção de ar para que o processo tenha início, meio e fim.
  2. Aeração forçada – neste método o material escolhido é disposto sobre tubos previamente perfurados por onde o ar tende a circular forçadamente através de bombeamento mecânico.
  3. Reator biológico – este modelo também é comumente chamado de sistemas fechados, durante este tratamento existem parâmetros de oxigenação a serem aplicados.

 

No entanto, os métodos de compostagem podem ser apresentados em grupos de acordo com o tipo de aeração, grau de revolvimento das leiras, ou se é tratado em leiras ou em confinamento.

 

  • 1. Leiras estáticas com aeração natural – dentro deste grupo se destaca o método UFSC que é semi-mecanizado com baixo custo, com tendência a rápida difusão e as características do produto final são satisfatórias.

 

  • 2. Leiras estáticas com aeração forçada – neste método equipamentos são utilizados para gerar ar no interior das leiras, suprindo em tese a necessidade de oxigênio.

 

  • 3. Compostagem com revolvimento de leiras – é o mais utilizado em território brasileiro, este método geralmente apresenta baixo custo de implantação e sua simplicidade favorece a difusão.

 

  • 4. Compostagem em Reator (Confinada) – neste grupo existe a possibilidade de confinar os resíduos em estruturas fechadas que podem ser containers, grandes cilindros de material metálico ou em concreto e/ou alvenaria, entretanto esta técnica é altamente dependente de mecanismos para que exista aeração forçada e é necessário que exista o revolvimento mecânico da massa compostada.

 

Observem que a divisão é basicamente a mesma que a cartilha do Ministério do Meio Ambiente disponibiliza, no entanto dentro dessa divisão em grupos temos ênfase nos processos desenvolvidos ao longo de cada método, ou seja, cada um destes grupos apresenta características distintas na hora de realizar o processo de compostagem e essas características podem ser desde a variações de métodos a uso de tecnologias especificas e algumas até patenteadas.

 

Artigo criado por Elivone Lopes

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