Diversos autores vêm utilizando metodologias próprias de classificação de resíduos sólidos, tendo como referência a fonte de geração, o local de produção, os aspectos sanitários, econômicos e de incineração, além do grau de biodegradabilidade, entre outros parâmetros.
Existem várias formas de classificar os resíduos, algumas estão dispostas abaixo:
Quanto a sua composição química
A composição do resíduo apresenta vários problemas. Um deles é diferenciar resíduo orgânico do resíduo inorgânico. A principal característica do resíduo orgânico a possibilidade da decomposição com intervalos relativamente curtos. * matéria orgânica – Composto por elementos biodegradáveis (que podem ser atacados por microorganismos decompositores), exemplos: restos de alimentos, sobras de madeira, papéis, cascas de frutas e legumes, podas dos jardins. Inclui também o papel, que é fabricado a partir de fibra vegetal. Este material, porém, na maioria das vezes é tratado separadamente para facilitar o processo de reciclagem. * matéria inorgânica – É composto por materiais que após a coleta podem ser reciclados (processo pelo quais alguns resíduos são transformados em novos produtos) ou encaminhados para locais onde sofram processos adequados para seu armazenamento, não poluindo o meio ambiente. O resíduo inorgânico é constituído por papéis, papelão, plásticos, vidros, metais (como latão, alumínio entre outros), pilhas e baterias. Esses materiais acarretam problemas ao meio ambiente, devido ao seu longo tempo de decomposição e por possuem em sua composição componente que contaminam o meio ambiente.
Quanto a sua natureza física
A classificação quanto às características físicas, geralmente é focada no teor de umidade do resíduo. A umidade representa a quantidade relativa de água contida na massa dos resíduos, e pode variar de acordo com a composição destes. Essa classificação é muito usada nos programas de coleta seletiva, por ser facilmente compreendida pela população, já que pode ser definido como seco ou úmido.
* seco – Apresenta baixo teor de umidade, é composto geralmente por materiais potencialmente recicláveis (papel, vidro, lata, plástico e etc.).
* úmido –Apresenta alto teor de água contida em sua massa. Nos resíduos sólidos urbanos, os úmidos correspondem a parte orgânica, como por exemplo, sobras de alimentos, cascas de frutas, restos de poda e etc.
Quanto a sua origem
Domiciliar
É composto por um mix de diversos resíduos, proveniente de residências, contém principalmente restos de alimentos, produtos deteriorados, embalagens em geral, retalhos, jornais e revistas, papel higiênico, fraldas descartáveis etc. Pode ainda conter pequenas quantidades de resíduos perigosos, como pilhas, baterias e lâmpadas. Geração do resíduo Por habitante: 0, 67 Kg/hab/dia (média) Por cidade Localidade ton/dia São Paulo (SP) 12.000 Rio de Janeiro (RJ) 6.000 São Sebastião (SP) 120(período normal) Litoral norte SP 500 (período temporada) Composição Média do Resíduo domiciliar Os resíduos domiciliares possuem compostos secos e úmidos, em média conforme abaixo: Os compostos secos, geralmente formados por materiais recicláveis, tem em média as seguintes proporções: Decomposição dos Materiais: Materiais Tempo Plásticos e vidros Indeterminado Papéis De 2 a 4 semanas Latas 100 anos Alumínio De 200 a 500 anos Reciclagem x Consumo x Preservação O Alumínio é retirado do minério Bauxita, esta extração demanda grandes quantidades de energia, que é reduzida em até 96% quando reutilizamos alumínio já produzido. Já na produção de papel é necessário o corte de várias árvores, em média os papéis são reciclado em 8 ciclos, com perda de 20% da fibra em cada ciclo. Ele é feito tradicionalmente de fibras de vegetais. Para a produção de 1 tonelada de papel, gastam-se quase 100 mil litros de água tratada, muita energia e mais de 50 árvores adultas. Quando se aproveita o papel já usado, os gastos são extremamente reduzidos: economia de 50% a 80% de energia e o corte de 20 à 30 árvores são poupados. Nas grandes cidades, quase 25% do lixo é constituído de papel e o Brasil, por incrível que pareça, ainda importa papel de outros países.
[holo_tab title=”Comercial”]São os resíduos originados nos diversos estabelecimentos comerciais e de serviços, tais como supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes etc. Geralmente é composto de papelão, plásticos, madeiras, resto de fitas, tecidos embalagens, etc. Para que seja classificado como lixo comercial é necessário que não haja contaminações de substâncias químicas, não seja reativo e nem inflamável.
Público
São aqueles originados nos serviços de limpeza urbana, como restos de poda e produtos da varrição das áreas públicas, limpeza de praias e galerias pluviais, resíduos das feiras livres ente outros.
A limpeza de vias públicas é muito importante, pois, previne doenças resultantes da proliferação de vetores em depósitos de resíduos nas ruas e terrenos baldios; evita danos à saúde resultante de poeira; satisfaz a população que anseia viver em uma cidade limpa; previ danos aos veículos, causado por impedimento ao tráfego, como galhadas e objetos cortantes; evita o entupimento do sistema de drenagem de águas pluviais.
Limpeza de vias públicas
A limpeza das calçadas e das ruas não depende apenas da atuação da Prefeitura, mas principalmente da educação e conscientização da população. Alguns resíduos são classicamente gerados e têm a responsabilidade da Administração pública como característica.
Varrição – As atividades de varrição e conservação de ruas, praças e avenidas são fundamentais para a limpeza e o bom aspecto da cidade.
Capina – A capina pode ser realizada manualmente, de forma mecânica e por tratamento químico com herbicidas. Na capina manual são utilizadas ferramentas como pás, foices, garfos, enxadas e carrinhos de mão, com emprego de maior quantidade de mão-de-obra. Na capina mecânica existem diversos tipos de maquinários usados, como cortadores com bases plásticas ou metálicas.
Já no tratamento químico, é pulverizado um produto próprio em menor tempo por área, no entanto, requer maior cuidado,pois pode contaminar com produtos químicos animais, plantas, população próxima e o próprio operador, não sendo indicada no período chuvoso, devido à infiltração profunda no solo.
Roçagem – O corte do mato e de ervas daninhas deve ser realizado sempre no 1º semestre de cada ano devido às chuvas. Esse serviço é executado em sua maior parte mecanicamente, sendo feito de modo manual apenas em locais irregulares e de difícil acesso. Todo o material cortado é recolhido imediatamente, para evitar queima e espalhamento. Esse serviço tem contribuído, também, no combate a eventuais focos do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Limpeza de Feiras – Após cada feira que é realizada, uma equipe de trabalhadores faz a varrição e a remoção dos resíduos descartados inadequadamente naquele local.
Limpeza de Córregos – A acumulação de resíduos nos córregos causa mau cheiro e infestação de insetos/vetores, expondo a população a várias doenças e causando sérios problemas ambientais. Durante todo o ano deve-se nomear uma equipe para realizar a limpeza dos córregos da cidade. Esse trabalho, no entanto, deve receber reforço acentuado no período seco, visando sobre tudo antecipar-se no combate à proliferação dos focos de mosquitos.
Serviços de Saúde
Resíduos provenientes de hospitais, clínicas médicas ou odontológicas, laboratórios, farmácias e etc. É potencialmente perigoso, pois pode conter materiais contaminados com agentes biológicos ou perigosos, produtos químicos e quimioterápicos, agulhas, seringas, lâminas, ampolas de vidro, brocas e etc.
Classificação
Os resíduos de Serviço de Saúde são classificados por grupo e tipo, com base na Resolução CONAMA 5-5/8/93, complementada pela Resolução Federal 358 de 2005.
Grupo A: INFECTANTES
Presença de agentes biológicos com risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente.
A.1. Secreções, meios de cultura, vacina vencida ou inutilizada.
A.2. Bolsa de sangue e hemoderivados.
A.3. Peças anatômicas, produto de fecundação com peso < 500g ou 25 cm ou 20 semanas de gestação, necropsia.
A.4. Objetos pérfuro-cortantes, bisturi, agulhas, escalpes, vidros quebrados etc..
A.5. Animal ou parte de animal de experimentação, os resíduos que tenham
entrado em contato com estes.
A.6. Resíduos de pacientes em isolamento, restos alimentares e resíduos sanitários.
A.7. Resíduos de unidades de atendimento ambulatorial.
A.8. Lodo da estação de tratamento de esgoto dos estabelecimentos de saúde.
Grupo B: QUÍMICOS
Apresentam risco potencial à Saúde Pública e ao Meio Ambiente devido às suas características químicas.
B.1 Quimioterápicos: drogas quimioterápicas e produtos por elas contaminados.
B.2 Farmacêuticos: medicamentos vencidos, contaminados, interditados ou não utilizados.
B.3 Perigosos: demais produtos considerados perigosos, tóxicos corrosivos, inflamáveis e reativos NBR 10.004 da ABNT.
Grupo C: RADIOATIVOS
Materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e
radioterapia, segundo Resolução CNEN-NE 6.05.
• fontes seladas oriundas de equipamentos da radioterapia e dos laboratórios de análises;
• luvas, frascos, materiais de forração de bancadas e de leitos , resíduos do
banheiro dos pacientes, pérfuro-cortantes etc..
Grupo D: COMUNS
Todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente:
• sobras de alimentos que não tenham mantido contato com secreções, exceto isolamento;
• papéis de uso sanitário que não tenham sido usados em isolamento;
• varrição, flores e podas, materiais potencialmente recicláveis e etc.
Industrial
É aquele composto pelos resíduos sólidos produzidos nos processos industriais, como, cinzas, lodos, óleos, resíduos alcalinos ou ácidos, plásticos, papéis, madeiras, fibras, borrachas, metais, escórias, vidros, cerâmicas e etc. São resultantes do dia a dia na indústria ou do tratamento de efluentes líquidos e gasosos desta. Nessa categoria está a maior parte dos materiais considerados perigosos ou tóxicos.
Suas características dependem diretamente do tipo de indústria e do tipo de processo utilizado, porém, nem sempre todo o resíduo produzido numa indústria é resíduo inservível. Estes podem ser subprodutos que servirão de matéria prima para outros processos industriais.
Os resíduos indústrias não reutilizáveis ou recicláveis são aqueles que oferecem qualquer risco ao meio ambiente e à saúde da população, causando impactos ambientais.
Agrícola
O resíduo agrícola inclui todos os tipos de resíduos gerados das atividades agropecuárias e florestais, como, embalagens de adubos, defensivos agrícolas, restos de ração, restos de colheita, estrume, e etc. Atenção especial deve ser dada as embalagens de defensivos agrícolas que merecem um tratamento adequado. Grande parte dos resíduos agrícolas são deixados no próprio terreno de cultivo, servindo como de proteção ao solo ou como adubo fornecedor de nutriente ao solo.
São considerados resíduos florestais, aqueles gerados e deixados na floresta como resultado das atividades de extração da madeira. Infere-se que cerca de 20% da massa de uma árvore são deixados na floresta. Estima-se que existe um potencial muito grande de aproveitamento energético de resíduos florestais no Brasil, uma vez que as atividades extrativas da madeira tanto para as carvoarias quanto para o uso não energético desenvolvem-se de forma intensiva de Norte ao Sul do País.
Os resíduos da pecuária são constituídos por estercos e outros produtos resultantes da atividade biológica do gado, cuja relevância local justifica seu aproveitamento energético. Este tipo de resíduo é importante matéria-prima para a produção de biogás.
A disponibilidade de resíduos agrícolas, para efeito deste banco de dados é estimada com base na produção agrícola, extração de madeiras e atividade pecuária dos municípios.
Entulho
É constituído de restos da construção civil, reformas, demolições, solos de escavações e etc. O entulho é geralmente um material inerte, passível de reaproveitamento.
Classificação
Classe A
São os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento, etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios, etc.) produzidas nos canteiros de obras;
d) de solos provenientes de terraplanagem, escavações e desmontes.
Classe B
São os resíduos recicláveis para outras destinações, tais como:
● Plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros.
Classe C
São os resíduos para os quais não foram desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do gesso.
Classe D
São os resíduos perigosos oriundos do processo de construção, tais como:
● Tintas, solventes, óleos e outros, ou aqueles contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros.
Destinação final do entulho
Resíduos da Classe A: Poderá ser encaminhado ao aterro sanitário municipal para fins de recobrimento dos resíduos domésticos, ou em locais previamente licenciados pelo órgão ambiental municipal competente.
Materiais cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, etc), concreto, argamassa e assemelhados: São transportados para áreas de Transbordo e Triagem, áreas de reciclagem ou aterros de resíduos da construção civil, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização futura.
Plásticos, papel, papelão, vidros e metais: São encaminhados a cooperativas, associações de coleta seletiva e demais agentes envolvidos na comercialização ou reciclagem desses resíduos.
Madeira: Transportada por agentes envolvidos no reuso e reciclagem desse resíduo, com a finalidade de utilização como combustível em fornos e caldeira ou aproveitamento de peças.
Solo: Aterros de resíduos da construção civil ou destinar, quando não contaminado, a áreas de aterramento.
Serragem: Reutilização do resíduo para absorção de materiais derramados; produção de briquetes, etc.
Gesso em placas acartonadas: É possível a reciclagem pelo fabricante ou empresas de reciclagem.
Gesso de revestimento e artefatos: É possível o aproveitamento pela indústria gesseira e empresas de reciclagem.
EPS (poliestireno expandido – ex. isopor): Cooperativas ou associações de coleta seletiva e demais agentes envolvidos na comercialização, reciclagem ou aproveitamento do resíduo para enchimentos.
Resíduos perigosos como tintas, solventes, óleos e outros: Maximizar a utilização dos materiais para redução dos resíduos a descartar.
Materiais contaminados por produtos perigosos, como embalagens, serragem, solo, instrumentos de aplicação, etc: Aterros licenciados para destinação de resíduos perigosos.
Resíduos contaminados oriundos de demolições, reformas e reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros: Aterros licenciados para destinação de resíduos perigosos.
Resíduos sem aplicação econômica (sem reaproveitamento) e sem contaminação: Aterros devidamente licenciados.
Outros
Resíduos provenientes de Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários:
São os resíduos sépticos que contêm ou podem conter microorganismos patogênicos, trazidos aos portos, terminais rodoviários e aeroportos, de outras cidades, estados e países, constituídos por material de higiene pessoal e restos de alimentos. Os resíduos assépticos desses locais também são considerados domiciliares.
Deve merecer cuidados especiais, o que é justificável como medida de controle e prevenção da introdução de agentes causadores de doenças ou epidemias.
Quanto ao seu local de geração
* Lixo urbano:aquele gerado em aglomerações humanas e suas periferias.
Quanto ao aspecto sanitário
Lixo orgânico: constituído de material putrescível ou fermentável.
Lixo inerte: constituído de material não putrescível.
Quanto ao aspecto econômico
Resíduos para a produção de compostos
A partir dos resíduos úmidos são produzidos compostos orgânicos, biocalda e inseticida e fungicida biológico, esse material reduz o custo de produção e não agridem o meio ambiente, garantindo a sustentabilidade e a qualidade de vida.
Materiais Recuperáveis
Os materiais recuperáveis podem sobre dois de tipos de tratamento, o reaproveitamento ou reutilização. Esses consistem basicamente em transformar um determinado material já beneficiado em outro.
Resíduos inaproveitáveis
São resíduos que não podem ser reaproveitados, como lenços e guardanapos de papel, absorvente e papel higiênico, fraldas, papéis sujos, acrílico, espelhos, cerâmicas, porcelanas,pilhas e baterias,algodão, seringas, etc.
Quanto ao aspecto da incineração
* Materiais combustíveis.
* Materiais incombustíveis.
Quanto aos diferentes graus de biodegradabilidade
A degradação destes compostos pode produzir-se por duas vias:
Degradação Aeróbica: Presença de oxigênio no processo de degradação.
Degradação Anaeróbica: Ausência de oxigênio no processo de degradação.
Classificação
De acordo com a biodegradabilidade os resíduos podem ser:
● Facilmente degradáveis: matéria orgânica.
● Moderadamente degradáveis: papel, papelão e outros produtos de celulose.
● Dificilmente degradáveis: trapo, couro, borracha e madeira.
● Não degradáveis: vidro, metal, plástico, pedras e terra.
Pelos riscos potenciais à saúde pública e ao meio ambiente
De acordo com a NBR/ABNT 10.004 (2004), os resíduos dividem-se em:
Resíduos Classe I – Perigosos
São classificados como resíduos classe I ou perigosos, os resíduos ou mistura de resíduos que, em função de suas características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e patogenicidade, podem apresentar risco à saúde pública, provocando ou contribuindo para um aumento de mortalidade ou incidência de doenças e/ou apresentar efeitos adversos ao meio ambiente, quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.
Os resíduos industriais e alguns domésticos, como restos de tintas, solventes, aerosóis, produtos de limpeza, lâmpadas fluorescentes, medicamentos vencidos, pilhas e outros, contêm significativa quantidade de substâncias químicas nocivas ao meio ambiente.
Estima-se que existam de 70 a 100 mil produtos químicos sintéticos, utilizados de forma comercial na agricultura, na indústria e em produtos domésticos. Infelizmente, as suas conseqüências são percebidas apenas depois de muito tempo de uso. Foi o que aconteceu com o clorofluorcarbono, conhecido como CFC, que há bem pouco tempo era amplamente usado em aerossóis, isopor, espumas, sistemas de ar condicionado, refrigeradores e outros produtos, até descobrir-se que sua liberação na atmosfera vinha causando a destruição da camada de ozônio. Muitos desses produtos contêm metais pesados, como mercúrio, chumbo, cádmio e níquel, que podem se acumular nos tecidos vivos, até atingir níveis perigosos para a saúde. Os efeitos da exposição prolongada do homem a essas substâncias ainda não são totalmente conhecidos. No entanto, testes em animais mostraram que os metais pesados provocam sérias alterações no organismo, como o aparecimento de câncer, deficiência do sistema nervoso e imunológico, distúrbios genéticos e etc.
Quando não são adequadamente manejados, os resíduos perigosos contaminam o solo, as águas e o ar. Alguns exemplos de resíduos perigosos, que devem ser dispostos adequadamente para evitar riscos ao homem e ao meio ambiente são, pilhas e baterias lâmpadas e rejeitos radioativos, e etc.
Resíduos Classe II A – Não inertes
São classificados como II A ou resíduos não inertes, os resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que não se enquadram na Classe I – perigosos ou na Classe III ou II B- inertes. Estes resíduos podem ter propriedades tais como: combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade em água. Como exemplos destes materiais, pode-se citar: certos lodos de ETE, orgânicos, papéis e etc.
Resíduos Classe II B – Inertes
São classificados II B ou resíduos inertes, os resíduos sólidos ou mistura de resíduos sólidos que, submetidos ao teste de solubilização (Norma NBR 10006 – “Solubilização de resíduos – Procedimento”) não tenham nenhum de seus constituintes solubilizados em concentrações superiores aos padrões definidos na Listagem 8 – ” Padrões para o Teste de Solubilização”. Como exemplos destes materiais, pode-se citar: rochas, tijolos, vidros e certos plásticos e borrachas que não são facilmente decompostos.
Os resíduos inertes não podem ser solúveis nem inflamáveis, nem ter qualquer outro tipo de reação física ou química e não podem ser biodegradáveis, nem afetar negativamente outras substâncias com as quais entrem em contato, de forma suscetível de aumentar a poluição do ambiente ou prejudicar a saúde humana.