Pilhas(Classe I) : Algumas pilhas de uso doméstico ainda possuem elevadas concentrações de metais pesados. Porém, como o processo de reciclagem é complicado e caro, não é realizado na maioria dos países. Por isso, o consumo de pilhas que contêm altas concentrações de metais pesados e de pilhas de origem incerta deve ser evitado.
A Legislação Brasileira (Resolução CONAMA 257/99) estabelece que as pilhas alcalinas do tipo manganês e zinco-manganês, com elevados teores de chumbo, mercúrio e cádmio, devem ser recolhidas pelo importador ou revendedor. Para melhor informar o consumidor, esta Resolução estabelece que as cartelas das pilhas contenham informações sobre o seu descarte. Assim, ao comprar pilhas, verifique na embalagem as informações sobre os metais que a compõem e como descartá-las.
Baterias (Classe I) : As baterias de automóveis, industriais, de telefones celulares e outras também contêm metais pesados em concentração elevada. Por isso, devem ser descartadas de acordo com as normas estabelecidas para proteção do meio ambiente e da saúde. O descarte das baterias de carro, que contêm chumbo, e de telefones celulares, que contêm cádmio, chumbo, mercúrio e outros metais pesados, deve ser feito somente nos postos de coleta mantidos por revendedores, assistências técnicas, fabricantes e importadores é deles a responsabilidade de recolher e encaminhar esses produtos para destinação final ambientalmente adequada. O mesmo vale para qualquer outro tipo de bateria, devendo o usuário criar o hábito de ler as instruções de descarte presente nos rótulos ou embalagem dos produtos.
Lâmpadas fluorescentes ( Classe I) : Mais econômicas as lâmpadas fluorescentes se tornaram muito populares no Brasil, principalmente em função da necessidade de economizar energia durante o período de racionamento de energia elétrica, ocorrido em 2001. Isso, no entanto, criou um problema, uma vez que as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio, um metal pesado altamente prejudicial ao meio ambiente e à saúde. Como ainda não há dispositivos legais específicos que regulem o descarte nem o interesse dos fabricantes em proporcionar soluções tecnológicas e sistemas de destinação adequados para esse tipo de material, toda essa quantidade de lâmpadas fluorescentes vem sendo descartada junto com o lixo domiciliar. Caso o lixo seja encaminhado para um lixão ou aterro controlado, o mercúrio poderá contaminar o ambiente, colocando a saúde da população em risco. O consumidor pode usar seu poder de escolha e de pressão sobre as autoridades e as empresas, exigindo o estabelecimento de medidas adequadas e seguras para o descarte desse tipo de lâmpada e de outros resíduos perigosos.
Rejeitos Radioativos (Classe I) : Quaisquer materiais resultantes de atividades que contenham radionuclídeos e para os quais a reutilização é imprópria são considerados rejeitos radioativos e devem obedecer às exigências definidas pela Comissão Nacional de Energia Nuclear ( CNEN ).
Pneus (Classe IIB) : Os pneus usados são classificados como inertes, sendo considerados resíduos indesejáveis do ponto de vista ambiental. A grande quantidade de pneus descartados tornou-se um sério problema ambiental. Segundo a Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, o Brasil descarta, anualmente, cerca de 21 milhões de pneus de todos os tipos: de trator, caminhão, automóvel, carroça, moto, avião e bicicleta, entre outros. Quando descartados inadequadamente, por exemplo, em lixões, propiciam o acúmulo de água em seu interior e podem contribuir para a proliferação de mosquitos transmissores da dengue e do cólera. Quando descartados em rios e lagos podem contribuir para o assoreamento e enchentes. Quando são queimados, produzem emissões extremamente tóxicas, devido à presença de substâncias que contêm cloro (dioxinas e furanos). Por esse motivo, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) proibiu o descarte e a queima de pneus a céu aberto e responsabilizou fabricantes e importadores pela destinação final ambientalmente adequada daqueles que não tiverem mais condições de uso. De acordo com a Resolução CONAMA nº 258/1999, a partir de 2004, para cada pneu novo fabricado, o fabricante deve recolher um em desuso (inservível) e, a partir de 2005, para cada quatro pneus novos, a empresa deverá recolher cinco pneus inservíveis.
A trituração dos pneus descartados visando a regeneração da borracha neles contida, mediante a adição de óleos aromáticos e produtos químicos desvulcanizantes, é um dos principais mercados para a reciclagem desse material. Com a pasta resultante deste processo, as indústrias produzem tapetes de automóveis, solado de sapato, pisos industriais e borrachas de vedação, entre outros. No Brasil já há tecnologia em escala industrial para regenerar a borracha por processo a frio, obtendo um produto reciclado com elasticidade e resistência semelhantes ao do material virgem. Além disso, essa técnica usa solventes capazes de separar o tecido e o aço dos pneus, permitindo seu reaproveitamento.
O pó gerado na recauchutagem e os restos de pneus moídos podem ser aplicados na composição de asfalto de maior elasticidade e durabilidade, além de atuarem como elemento aerador de solos compactados e pilhas de composto orgânico.
Os pneus inteiros são reutilizados em pára-choque, drenagem de gases em aterros sanitários,contenção de encostas e produtos artesanais. No Brasil, as carcaças são reaproveitadas como estrutura de recifes artificiais no mar, visando o aumento da produção pesqueira. É possível recuperar energia com a queima de pneus velhos em fornos controlados – cada pneu contém a energia de 9,4 litros de óleo. No Brasil, calcula-se que existam 500 mil pneus disponíveis para utilização como combustível, proporcionando economia de 4 mil toneladas de óleo. A usina de São Mateus no Paraná incorpora no processo de extração de xisto betuminoso, pneus moídos que garantem menor viscosidade ao mineral e uma otimização do processo.” (Paulo Cezar da Silva – Chevron Brasil Ltda e CEFET Química- Apostila – Revisão 8 – Edição 2007).
Cinzas (classe I) : Geradas em chaminés ou ainda produto da incineração, as cinzas podem estar contaminadas com metais pesados, produtos químicos de combustão incompleta e compostos químicos inteiramente novos, diferentes da matéria prima da incineração. Por conter vários concentrados de substâncias, são em sua maioria consideradas resíduos perigosos.
Lodos (classe I ou IIA) : Os lodos são geralmente formados nos processos de tratamento de água e/ou efluente.
A ETA (Estação de Tratamento de Água) é usada para tratar a água que vem de Rios, lagos, etc para que a empresa ( indústria) tenha água de boa qualidade para aplicar em seu processo produtivo. A água dos rios é colocada em tanques, onde adicionamos produtos químicos para gerar flocos, esses flocos sedimentam (vão ao fundo do tanque) na chamada fase de decantação, após a decantação de todo esse material sólido que foi floculado temos a fase de filtração para a retirada desse material. Ao material retirado na filtração dá-se o nome de lodo de ETA. Esse lodo geralmente tem grandes quantidades de produtos químicos e para classificá-lo deve-se fazer uma análise do resíduo segundo a NBR 10004, para saber se é classe I (perigoso) ou Classe IIA (não inerte). De acordo com a toxidez do resíduo faz-se uma pesquisa para saber qual o fim a ser dado ao mesmo.
A ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) ou ETDI (Estação de Tratamento de Despejos Industriais) são usadas para tratar a água suja, chamada de efluente, que foi gerada nos processos produtivos da empresas. Toda a “sujeira” do efluente é chamada de carga orgânica, essa carga orgânica serve de alimento para microorganismos,desse modo o efluente é passado por tanques contendo muitos microorganismos vivos chamada de massa biológica ou lodo biológico. Essa massa biológica/lodo se reproduz e tem um tempo de vida útil que faz com que precisemos renovar esse microorganismos continuamente. O excedente de lodo é separado por meio de outro tanque que serve para a decantação desse lodo e após a decantação dessa massa excedente ainda há muita água no mesmo, por isso é necessário métodos para tirar a água retirara a umidade, dois métodos largamente usados são a centrífuga e o filtro prensa. Esse lodo geralmente tem grandes quantidades de microorganismos e ainda de substâncias das quais ele se alimentou, para classificá-lo deve-se fazer uma análise do resíduo segundo a NBR 10004, para saber se é classe I (perigoso) ou Classe IIA (não inerte). De acordo com a toxidez do resíduo faz-se uma pesquisa para saber qual o fim a ser dado ao mesmo.
A) – com Areia : O jateamento com areia foi o primeiro abrasivo a ser utilizado por ser facilmente encontrado na natureza. Após estudos verificou-se baixa eficiência do mesmo. apresenta um resultado insatisfatório tanto na remoção de ferrugem e resíduos de revestimentos anteriores, como na uniformidade da rugosidade obtida, pois o pó produzido pela fragmentação da areia contamina a superfície tratada. Os operadores de jato de areia podem contrair a chamada silicose, doença pulmonar de caráter irreversível, causada pelo pó gerado na fragmentação da areia. Ao fim do processo de jateamento com granalha de aço tem-se resíduos de corrosão e grande quantidade de areia fragmentada. É necessária análise do mesmo para saber sua classificação, pois os resíduos de corrosão podem conter inúmeros componentes.Resíduo de jateamento (classe I ou IIA) : Abrasivos para jateamento devem limpar com rapidez e eficiência, desgastar o mínimo possível os componentes internos do equipamento e garantir o nível de acabamento superficial desejado. O jateamento é muito usado em estaleiros. Os abrasivos são diversos, tendo como exemplo: areia, sendo um abrasivo menos nobre ou mais nobres como a granalha de aço, micro-esfera de vidro, óxido de alumínio e etc.
B) – com Granalha de aço: A qualidade da superfície preparada através do jateamento com granalha de aço atende às exigências de eliminação da ferrugem e outros resíduos, além de produzir um padrão de ancoragem satisfatório, uniforme e específico a cada finalidade exigida. A utilização da granalha de aço no jateamento requerer investimentos iniciais mais altos, porém não apresenta a periculosidade da areia à saúde do trabalhador. Ao fim do processo de jateamento com areia tem-se apenas resíduos de corrosão removidos pelo jateamento. É necessária análise do mesmo para saber sua classificação, pois os resíduos de corrosão podem conter inúmeros componentes.
Borra oleosa (Classe I): Borras oleosas são emulsões basicamente compostas por óleo, água, sólidos grosseiros, agentes tensoativos e estabilizadores. Características como a composição extremamente variável, dificultam o seu reaproveitamento. O método utilizado para disposição final é a incorporação em blocos.
Sólidos Galvânicos (Classe I): Os resíduos sólidos galvânicos representam um encargo vultuoso para empresas responsáveis por sua geração e disposição. Classificados como lixo industrial, resíduos I – perigosos (NBR-1004), possuem componentes em altas concentrações que trazem riscos ao meio ambiente quando estocados ou descartados inadequadamente. O resíduo é composto por metais utilizados no processo de galvanização, decantados por um aditivo a base de ferro. Para disposição faz-se geralmente incorporação ou inertização.
Contaminados com óleos e graxas (Classe I): constituídos por substâncias sólidas (areia, terra, resíduos sólidos no geral) como também por misturas oleosas recolhidas de diversos processos. Disposições aceitáveis – Landfarming, Lavagem de resíduos contaminados, incineração ou co-processamento.
Resíduos Químicos (Classe I ou IIA): São os mais variados possíveis e devem ser estudados caso a caso para saber a classificação e ainda a disposição de cada um. Para esse tipo de análise é necessária a ficha de emergência e a ficha de produto químico que acompanha o mesmo na hora da compra pelo cliente, esta ficha chamase FISPQ. A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico) contém informações diversas sobre um determinado produto químico, quanto à proteção, à segurança, à saúde e ao meio ambiente. Em alguns países, essa ficha é chamada de Material Safety Data Sheet – MSDS. Caso o cliente não a tenha, pode-se ter acesso à mesma fazendo uma busca pela internet com os dados do produto, exemplo nome comercial e nome científico.
Tintas, resinas, vernizes, colas ou, contaminados com esses (Classe I): Tudo depende da base do resíduo. A identificação, quantificação e separação dos componentes da tinta é um passo fundamental para o destino correto destes resíduos.
Ex. Tintas à base de solventes são tóxicas e consideradas resíduo Classe I. Deve-se manter esse tipo de resíduo em recipientes fechados, evitando a possibilidade de contaminação. Os resíduos devem estar acondicionados em recipientes resistentes a solvente, como galões de gasolina, em lugar isolado e com boa ventilação. Além disso, devem ser mantidos em temperatura ambiente, longe de fogo e de altas temperaturas, uma vez que o produto é inflamável.
Resíduo de Serviço de Saúde – RSS – De acordo com a Resolução nº 358, de 29 de abril de 2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), cabe aos geradores de resíduos de serviços de saúde a responsabilidade pelo gerenciamento destes, a partir da geração dos mesmos até a disposição final, de forma a atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e saúde ocupacional.
Os resíduos de Serviço de Saúde são classificados por grupo e tipo, com base na Resolução CONAMA 5-5/8/93, complementada pela Resolução Federal 283 – 12/7/2001 e ainda pela RDC 306 da ANVISA.
Disposições utilizadas para Resíduos de Serviço de Saúde:
a) térmicos (microondas, autoclave, incineração, plasma térmico);
b) químicos (tratamento com cloro, derivados de cloro);
c) radioativos (tratamento com ultravioleta, cobalto 60 e infravermelho); e
d) mecânicos (disposição em valas sépticas).
Grupo C: Radioativos – Materiais radioativos ou contaminados com radionuclídeos, provenientes de laboratórios de análises clínicas, serviços de medicina nuclear e radioterapia, segundo Resolução CNEN-NE 6.05. A SANTA CECÍLIA não pode transportar tal resíduo.Grupo A: Infectantes – Presença de agentes biológicos com risco potencial à saúde pública e ao meio ambiente. Hoje esse resíduo é aceito pela CTR de Nova Iguaçu,TRIBEL e ESSENCIS.
Grupo B: Químicos – Apresentam risco potencial à Saúde Pública e ao Meio Ambiente devido às suas características químicas. Segundo a Resolução nº 358 (art.21), os resíduos considerados de risco químico, como é o caso dos medicamentos, quando não forem submetidos a processos de reutilização, recuperação ou reciclagem, devem ter tratamento e disposição final específicos, em locais previamente licenciados pelo órgão ambiental competente. Hoje esse resíduo é aceito pela TRIBEL, ESSENCIS e PLASTIMASSA.
Grupo D: Comuns- Todos os demais que não se enquadram nos grupos descritos anteriormente. Geralente resíduos orgânicos ou recicláveis que podem ser destinados a aterros convencionais, sem o cuidado demasiado dos demais resíduos.
PCB ( Bifenilas Policloradas) conhecidas como Ascarel (Classe I): O Ascarel é um produto tecnicamente chamado de Alocloro 124, é um óleo resultante da mistura de hidrocarbonetos, derivados de petróleo, utilizado como isolante em equipamentos elétricos, sobretudo transformadores.
A instalação de novos aparelhos que utilizem Ascarel foi proibida no Brasil em 1981, mas ainda existem muitos equipamentos abandonados contendo este produto em subestações de trens e em edifícios industriais. O maior risco é o vazamento e contaminação, quando do desmonte desses equipamentos para venda como sucata.
Os impactos ambientais que pode causar são a contaminação tanto do solo como da água, ameaçando, em especial, os lençóis freáticos. Os riscos à saúde são grandes: é considerado carcinogênico, afetando sobretudo fígado, baço e rins. Pode causar danos irreversíveis ao sistema nervoso central. A SANTA CECÍLIA não pode transportar tal resíduo.
Asbesto ou Amianto (Classe I): – O amianto, também conhecido como asbesto, é uma designação comercial genérica para a variedade fibrosa de seis minerais metamórficos de ocorrência natural e utilizados em vários produtos comerciais. Trata-se de um material com grande flexibilidade e resistências tênsil, química, térmica e elétrica muito elevadas e que além disso pode ser tecido.
O amianto é constituído por feixes de fibras. Estes feixes, por seu lado, são constituídos por fibras extremamente finas e longas facilmente separáveis umas das outras com tendência a produzir um pó de partículas muito pequenas que flutuam no ar e aderem às roupas. As fibras podem ser facilmente inaladas ou engolidas podendo causar graves problemas de saúde.
Agrupa-se em cinco variedades principais: amosita (amianto marrom), crocidolita (amianto azul), antofilita, tremolita e actinolita. Do ponto de vista econômico, os dois primeiros são os mais importantes. Muito utilizados até os anos 70, atualmente estão em desuso, por causa de seus efeitos sobre a saúde. Hoje, o amianto marrom e o amianto azul representam menos de 2% do consumo mundial, têm sua produção localizada na África do Sul e seu uso está praticamente em extinção.
O uso comercial desenfreado do produto no último século, levou a sua distribuição descontrolada pelo do mundo industrializado e a sua dispersão no ambiente. Com isso, alguns países da Europa proibiram sua utilização, bem como os produtos que o contenham, devido às doenças ocupacionais relacionadas à inalação de fibras de amianto. Asbestose, câncer de pulmão, mesotelioma e afecções benignas da pleura são as doenças, no aparelho respiratório, associadas à exposição às fibras de amianto.
No Brasil, a extração, a industrialização e a comercialização da fibra são regulamentadas pela Lei 9055/95, primeira tentativa de internalizar as recomendações da Convenção da OIT. Segundo o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o País foi o quinto produtor mundial de amianto em 2006, destinando quase 60% da produção para o mercado externo.
A Comissão de Minas e Energia rejeitou em 03/10/07 os projetos de lei 6111/02 e 6112/02, que proíbem o uso industrial do amianto no Brasil.
A relatora alega que as fibras da variedade de amianto usada no Brasil (crisotila) apresentam um baixo fator de risco à saúde quando lançadas no ar, diferente da outra variedade (anfibólio), comprovadamente nociva e proibida no País.
Segundo ela, pesquisas científicas apontam que a crisotila submetida a temperaturas elevadas, como nos freios de carros, transforma-se em um mineral inofensivo à saúde e ao meio ambiente, conhecido como forsterita. Hoje esse resíduo é aceito pela TRIBEL.
O processo INERTAM consiste no tratamento do amianto a ser vitrificado sobre o efeito de plasma quente até o ponto que permite a obtenção de uma massa vítrea inerte, não se comportando como fibras de amianto. Este método é muito caro e implica no transporte do amianto, em sacas, até o local para tratamento. O método que envolve a destruição de amianto em matrizes fosfatos baseia-se no tratamento das fibras de amianto pelo uso de uma substância coloidal, chamada coacervato. Esta substância, parecida com um gel, é formada a partir de um polímero inorgânico de fosfato, um sal de cálcio e água, os quais não apresentam quaisquer riscos à saúde e que se encontram em pequenas quantidades na própria água que bebemos e no creme dental que utilizamos. Este método foi desenvolvido pelo prof. Vast da Universidade de Lille, França. A vantagem deste método na destruição das fibras de amianto se deve ao fato de que o coacervato é capaz de molhar e de envolver as fibras, tornando-as facilmente manipuláveis. Ainda, o coacervato atua como agente fundente, ou seja, reduz a temperatura de fusão destas fibras minerais, permitindo assim a sua destruição em temperaturas inferiores a 1000°C.
Embalagens vazias de defensivos agrícolas (pesticidas, herbicidas e etc)
O processo de destinação de embalagens vazias de defensivos agrícolas
O inpEV – Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias – é uma entidade sem fins lucrativos que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas em sua responsabilidade de dar a destinação final às embalagens utilizadas de seus produtos, devolvidas nas unidades de recebimento credenciadas de acordo com a Lei no. 9.974/2000 (legislação federal) e o Decreto Federal no. 4.074/2002.
A legislação Federal (Lei no. 9.974/2000) determina responsabilidades para o agricultor, o canal de distribuição, o fabricante e o poder público. O inpEV foi criado para representar a indústria fabricante de defensivos agrícolas no papel de conferir a destinação final (reciclagem ou incineração) às embalagens devolvidas pelos agricultores. Além desta atribuição, o instituto fomenta o desenvolvimento do sistema junto aos demais agentes co-responsáveis: canais de distribuição (distribuidores e cooperativas) e agricultores.
Resumo do fluxo do sistema: 1. Comércio de Produtos Agrícolas – No ato da venda do produto, o agricultor deve ser informado sobre os procedimentos de lavagem, acondicionamento, armazenamento, transporte e devolução de embalagens vazias. O endereço da unidade de recebimento de embalagens vazias mais próximo deve ser informado ao comprador e deve constar no corpo da Nota Fiscal de venda do produto.
2. Tríplice lavagem ou lavagem sob pressão no momento de preparo da calda – O usuário deve preparar as embalagens vazias para devolvê-las às unidades de recebimento. Como a maioria das embalagens é lavável, é fundamental a prática da tríplice lavagem ou lavagem sob pressão no momento do preparo da calda. A embalagem deve ser inutilizada com o fundo perfurado.
3. Armazenamento provisório na propriedade em local apropriado – As embalagens vazias podem ser armazenadas temporariamente na propriedade rural com suas respectivas tampas nas caixas de papelão originais, no mesmo local destinado ao armazenamento dos produtos cheios ou em local coberto, ventilado e ao abrigo de chuva. É fundamental guardar as embalagens longe de residências, alojamentos e nunca junto com alimentos ou rações.
4. Transporte apropriado até o posto de recebimento – É de responsabilidade do usuário o transporte das embalagens vazias até a unidade de recebimento indicada na nota fiscal de compra, no prazo de um ano da data da compra. Nunca transportar as embalagens junto com pessoas, animais, alimentos, medicamentos ou ração animal e nem dentro de cabines dos veículos automotores.
Areia de Batch
Resíduo de Batch é o nome dado à mistura formada por todas as matérias primas do vidro, sendo estes (areia, barrilha, aditivos e calcário), mistura essa que estaria pronta para ir ao forno fundir-se e transformar-se em vidro, porém foi descartada por algum motivo (ex. parâmetro de qualidade). Esse resíduo é nobre e poderia ser utilizado na fabricação de vidros de segunda mão, porém é necessário desenvolver empresas receptoras para isso.
O resíduo apesar de não conter substâncias perigosas por vezes é considerado resíduo classe I devido ao seu alto pH (entre 13 e 14). A neutralização do pH é possível e a classificação como IIA pode ser feita, porém através de laudo mediante análise com laboratório credenciado pelo Órgão Ambiental.
Conheça alguns dos serviços da Santa Cecília, relacionados à gestão de resíduos nas empresas: