Como fazer um Diagnóstico de Geração de Resíduos na empresa?

A geração de resíduos sólidos está associada aos mais diversos processos produtivos e é um dos fatores que, quando não gerenciado, traz impactos negativos ao meio ambiente e, por consequência, à qualidade de vida das pessoas no entorno da empresa.

Para combater esse problema, a legislação brasileira adotou a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que está conscientizando empresas, organizações e gestores acerca da legislação em vigor e, claro, divulgando soluções adequadas para a gestão dos resíduos. Uma das principais exigências da PNRS é a elaboração de um Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGR), exigência aplicada a estados, municípios e empresas privadas. Mas como começar esse plano? E por onde começar? Quais informações devem ser coletadas? Como devem ser organizadas?

Como cada empresa tem suas peculiaridades e não conseguiríamos tratar todos os cenários aqui, vamos esclarecer as etapas essenciais da 1ª fase do plano: o Diagnóstico de Geração de Resíduos, que consiste no levantamento de informações que nos permite “visualizar” a situação atual da empresa ou organização. Essa etapa é essencial e embasará o futuro Plano de Gerenciamento de Resíduos da organização e, portanto, deverá ser bem organizada e detalhada, como veremos a seguir.

Etapas do Diagnóstico de Geração de Resíduos

1 – Levantamento de dados gerais da organização:

  • número de funcionários
  • organograma
  • mapa das instalações

2 – Caracterização de resíduos:

  • identificar tipos e quantidades de resíduos gerados por meio da separação e quantificação (pesagem), por período determinado (dia, semana, mês)

3 – Mapeamento de coleta e destinação dos resíduos:

  • verificar procedimentos adotados pela organização na coleta interna e destinação dos resíduos – há separação ou classificação de resíduos?

4 – Levantamento de dados de consumos:

  • consumo de energia
  • consumo de água (concessionária e água mineral, quando utilizada)
  • consumo de papel, materiais de escritório, descartáveis, materiais de limpeza
  • consumo de telefonia
  • outros consumos

5 – Diagnóstico das instalações:

  • levantar a quantidade de equipamentos: de informática (computadores e impressoras), ar condicionado, eletrodomésticos e demais aparelhos eletroeletrônicos
  • fazer a contagem da quantidade e localização das lixeiras existentes, para viabilizar o planejamento da necessidade de coletores de coleta seletiva
  • identificar quantidade e tipos de lâmpadas utilizadas
  • localizar possíveis fontes de vazamentos de água (equipamentos velhos, tubulações antigas, caixas d’água, dentre outros)

6 – Medição do nível de conhecimento dos colaboradores sobre questões ambientais:

  • aplique questionários aos funcionários e gestores, abordando temas sobre:
  • hábitos diários dentro e fora da organização (número de copos utilizados; desligamento de aparelhos, luzes e ar condicionado ao saírem da sala; destinação de papeis; ações desenvolvidas para proteção ao meio ambiente)
  • conhecimento da definição de um sistema de gestão ambiental e sua importância
  • percepção sobre a atribuição da responsabilidade de se cuidar do meio ambiente

 

A partir dos dados levantados, é possível definir de forma mais precisa quais ações deverão ser implementadas no Plano de Gestão de Resíduos, que deverá trazer o planejamento das ações para a implementação do seu Programa de Gestão de Resíduos.

Acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos passos para a criação de um Plano de Gestão de Resíduos. Conheça a legislação em vigor na sua área e fique por dentro das ações que promovem a sustentabilidade dentro e fora do ambiente da sua empresa.

 

 

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