No último artigo abordamos de forma extremamente técnica e ilustrativa as características e propriedades dos resíduos plásticos e comentamos algumas de suas consequências ao meio ambiente e a população inserida nesse meio.
Atualmente estamos amplamente amparados em requisitos legais, no entanto existe um fenda entre a legislação e a sua execução, mas este tema e a descrição destas normas de regulamentação é assunto para outro post.
Neste artigo vamos apresentar algumas alternativas consideradas viáveis e relevantes a utilização do plástico comum, vamos detalhar os plásticos biodegradáveis e os oxibiodegradáveis. O que é? Quais suas características? Por que é uma alternativa viável? E por que não ainda não temos consumo em massa se é ambientalmente amigável?
Antes destes conceitos é preciso relembrar que o plástico é polímero e neste caso vamos abordar as vantagens do biopolimero que segundo Borschiver et al. (2008) Apud Pereira & Borde (2020), os biopolímeros apresentam características que os definem como polímero produzido por um organismo vivo (exemplo: proteínas, ácidos nucleicos e polissacarídeo), os autores destacam ainda que os biomateriais se destacam pela demonstração da capacidade de interação entre tecidos naturais, podendo eles serem naturais ou sintéticos, apresentando como principal matéria prima fonte de carbono (exemplo: Cana de açúcar, milho, beterraba, entre outros).
O que é um Plástico Biodegradável? é o material que permite que seu processo de decomposição seja realizado pela ação de organismos vivos e o que é um Plástico Oxibiodegradável? Esse é o tipo de material que recebe um aditivo para acelerar seu processo de degradação.
Por que é uma alternativa viável? Esses modelos de plásticos (oxibiodegradáveis e biodegradáveis) se apresentam como forma vantajosa e ambientalmente amigável em um momento em que a população através dos incentivos midiáticos começa a cobrar a implementação de leis que visam a conservação do meio ambiente.
E a escolha por essa material ainda segundo Pereira & Borde (2020) é relevante em função das suas propriedades e características, uma vez que o material de composição desses “bioplásticos” leva menos tempo para sua degradação, apresentando como consequência a redução da poluição se compararmos com a poluição produzida pelos plásticos convencionais, atualmente o Brasil ocupa uma posição nada satisfatória no ranking mundial de produção de resíduos plásticos (4º lugar), o sinal de alerta esta acionado e se faz necessário ações para redução do descarte incorreto desses materiais, e para que essas ações aconteçam é fundamental a disseminação de conhecimento, a polução apresenta a necessidade e a vontade de conhecer alternativas sustentáveis para preservação do meio ambiente no qual estão inseridas e precisam também ter suas demandas atendidas em relação as atividades do cotidiano que demandam a presença desse tipo de material.
E por que não ainda não temos consumo em massa se é ambientalmente amigável? Infelizmente esbarramos em tópicos fundamentais para escalar esse tipo de produção, os custos de produção desse material ainda são altos se levarmos em consideração a demanda, entretanto, Juras (2013), relata em seu estudo que os bioplásticos já possuem amplitude de produção nos seguimentos de embalagens, agricultura, gastronomia e outros e dentro destes seguimentos o bioplástico é utilizado para produção de produtos de curta duração (exemplo: capa de celulares, componentes do interior de veículos entre outros).
Todavia, como falamos no início deste texto, a informação dissipada em meio a população gera a crescente demanda por soluções ambientais, que por sua vez agrega valor a esses produtos, favorecendo a possibilidade de investimentos cada vez maiores em pesquisa e desenvolvimento com intuito de reduzir custos e ainda assim apresentar um material de qualidade a sociedade.
Artigo criado por Elivone Lopes